Melhoramento genético vai impactar significativamente o mercado nacional de carnes

No mês de fevereiro, as exportações de carne bovina brasileira bateram mais um recorde de vendas, chegando a cerca de 140 mil toneladas embarcadas, segundo a Agrifatto, empresa de consultoria de mercado. Nos últimos cinco anos, em volume, o melhor desempenho ocorreu em 2019, com 138,9 mil toneladas exportadas.

O mercado de exportação de carne bovina tende a permanecer aquecido, ainda mais com a retomada do mercado chinês. Porém, no mercado interno, mesmo o brasileiro sendo um grande apreciador, vai precisar de poder aquisitivo para comprar.

Segundo o Cicarne, departamento da Embrapa Gado de Corte, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, localizada em Campo Grande (MS), a criação de gado de corte vai passar por algumas mudanças nas próximas décadas.

A biotecnologia vai impactar diretamente na sanidade animal e no melhoramento genético. Ela propiciará melhores soluções de manejo de doenças e parasitas, facilitando suas prevenções e seus controles.

A genética de bovinos de corte será outra frente importante, promovendo ganhos em termos de resistência animal, produtividade, precocidade e qualidade da carne.

Ferramentas de melhoria genética e reprodutiva serão amplamente utilizadas nas próximas décadas, com destaque à IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), TE (Transferência de Embriões), FIV (Fertilização In Vitro) e edição gênica, resultando em saltos produtivos e de valor da produção de bovinos de corte.

Além disso, nos próximos 20 anos, Brasil irá ocupar um espaço cada vez mais relevante no mercado de carne e de genética bovina, resultado dos avanços da introdução de biotecnologias e o amplo esforço de toda a cadeia em termos de produção sustentável, bem-estar animal e qualidade da carne.

A tendência é que o Brasil se destaque na exportação de genética, de animais vivos para abate, de cortes de carne e de subprodutos, atingindo tanto mercados emergentes, como sofisticados.

Com isso, a exportação de carnes deixará de representar apenas 20% das vendas de produtos cárneos, passando para um montante muito maior, mesmo com o crescimento do consumo interno.

Por: Equipe Cavalus Comunicação/Camila Pedroso

Fonte: Forbes Brasil

Foto: Pixabay

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